quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Matéria PAF Desenho

Na figura abaixo vemos as projeções de um objeto em perspectiva.

Na prática, porém as projeções são representadas como na figura abaixo, onde os planos de projeção são rebatidos sobre um mesmo plano.

Quando desenhamos vistas sobre um mesmo plano, eliminamos o desenho dos planos, deixando apenas as linhas que separam os desenhos das vistas.



Um ponto no espaço é determinado por três coordenadas: altitude (eixo Z), longitude (eixo X) e latitude (eixo Y).

Plano de perfil. Plano de perfil é um plano perpendicular aos planos de projeções passando por O . Um ponto tem abscissa positiva se está à frente do plano de perfil e negativa se estiver atrás.

Seja o ponto P situado no primeiro diedro e projetado no PH e no PV.

Linha de chamada é o segmento que une as duas projeções de um ponto e é sempre perpendicular à LT. Abscissa a posição da linha de chamada em relação à LT.

Abscissa. Abscissa de um ponto P é a, distância da Linha de chamada do ponto P até o Plano de Perfil. Assim, abscissa é a coordenada do eixo X.

Afastamento. Afastamento de um ponto P é a distância deste ponto ao plano vertical de projeção. Assim, afastamento é a coordenada do eixo Y.

Cota. Cota de um ponto P é a distância deste ponto ao plano horizontal de projeção. Assim cota é a coordenada do eixo Z.

DETERMINAÇÃO DE UM PONTO

           Um ponto P esta determinado quando se conhece abscissa, afastamento e cota.

Exemplo: P (1,4,2)


Plano horizontal, de nível ou paralelo ao PH

           Por ser paralelo ao PH não o cortará, logo, apresenta apenas o traço vertical que é paralelo à LT.Qualquer ponto contido nele se projeta vertivalmente sobre seu traço vertical. Qualquer figura contida nele se projeta em VG no PH.
           Mas agora imagine um outro plano passando por outra face do cubo, exatamente ao contrário do plano horizontal, isto é, paralelo ao PV, ou seja, em uma posição frontal ao PV. Por ser frontal ao PV ele recebe este nome:

Plano frontal ou paralelo ao PV

           Por ser paralelo ao PV não o cortará, logo, apresenta apenas o traço horizontal que é paralelo à LT.Qualquer ponto contido nele se projeta horizontalmente sobre o seu traço horizontal. Qualquer figura contida nele se projeta em VG no PV.
          Agora, imagine um plano passando por aquela face do cubo que forma com o PV e PH um ângulo reto, e observe que, se tivermos o PV como referência este plano está em uma posição lateral, ou seja, está sendo visto de de perfil e por este motivo recebe este nome:

Plano de perfil ou perpendicular a LT

          No plano de perfil os dois traços são perpendiculares à LT, sendo esta a condição que o caracteriza. Qualquer ponto contido nele se projeta sobre seus traços. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.
          Já imaginamos planos passando por todas as faces do cubo, passemos agora a imaginar planos passando pelas diagonais das faces. Pense em um plano que passa pela diagonal da face superior (tampa) do cubo. Este plano encontra-se em uma posição como no caso do plano frontal, porém não se encontra de frente ao PV, ele é apenas vertical. Então ele recebe este nome:

Plano vertical ou perpendicular ao PH

          Este plano se caracteriza por ter seu traço vertical perpendicular à LT e seu traço horizontal pode ter qualquer direção diferente de 90oQualquer ponto contido nele se projeta horizontalmente sobre seu traço horizontal. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG. 
           Agora imagine este plano ao contrário, isto é, passando pela diagonal da face frontal do cubo. Para quem olhar para o PV verá este plano de cima, isto é, de topo. Então ele recebe este nome:

Plano de topo, ou perpendicular ao PV

          No plano de topo o traço horizontal é perpendicular à LT e o traço vertical pode ter qualquer direção diferente de 90o, sendo esta a condição que o caracteriza. Qualquer ponto contido nele se projeta verticalmente sobre seu traço vertical. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.
          Imagine agora um plano passando pela diagonal da face lateral do cubo. Se o cubo ainda se encontra encostado no PV e PH e na LT, este plano certamente cortará a LT e por isso ele recebe este nome:

 Plano que passa pela LT

          Este é o único caso em que um plano não pode ser determinado por seus traços, pois estes estão confundidos com a LT. É necessário, então, outra informação para determinar sua posição. Normalmente se utiliza um ponto do plano, assim, o plano é dado pela LT e o ponto A. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.
          Agora imagine este plano em uma posição invertida, isto é, sem cortar a LT de forma que se olharmos de frente para o PV, veremos o plano formando uma rampa. Então, este plano recebe o nome de:

Plano de rampa ou paralelo a LT

          Por ser paralelo à LT não poderá cortá-la, logo, seus dois traços são paralelos à LT. Qualquer ponto contido nele se projeta entre seus traços. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.
          Até o momento já pensamos em sete (7) possibilidades diferentes para a posição de um plano em relação à um cubo. Se você imaginar um plano passando por outras diagonais ou faces, ou até mesmo encostando o plano no PH ou PV chegará à conclusão de que se trata de planos já estudados. No, entanto, existe uma posição que ainda não exploramos. Essa posição que ainda não estudamos é justamente aquele plano que não é paralelo nem ao PV e PH e tampouco perpendicular. Por não ter nenhuma das características dos planos estudados acima ele recebe o nome de:

Plano Qualquer

          Por ser oblíquo aos dois planos de projeção seus dois traços são oblíquos à LT, sendo esta a condição que o caracteriza. Qualquer figura contida nele não se projeta em VG.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Matéria PAF Química

NOX

Número de Oxidação (NOX) de um elemento químico é a carga que ele recebe em uma reação química. Por exemplo, no H2SO4
o H ficará com carga +1 (cada átomo de hidrogênio), o S (enxofre) com +6, e o O com uma carga de -2 (cada átomo de oxigênio).

Para saber qual é o 
NOX de um átomo dentro de uma molécula, devemos seguir algumas regras:

1 - Todos os metais alcalinos, hidrogênio (H) e prata (Ag) terão nox +1
2 - Metais alcalinos terrosos, zinco (Zn) -> nox +2
3 - Alumínio (Al) -> nox +3
4 - Oxigênio (em qualquer parte da molécula) -> nox -2
5 - calcogênios (somente se aparecerem na extremidade direita da fórmula!) -> nox -2
6 - halogênios (somente se aparecerem na extremidade direita da fórmula!) -> nox -1
7 - Íons compostos -> nox igual a carga do íon (por exemplo, PO
4-3terá NOX -3)
8 - Soma de todos os NOX de uma molécula sempre será ZERO.
9 - Soma do NOX em íon sempre será a própria carga do íon.
10 - Elementos isolados e substâncias simples -> nox ZERO.

Exemplos

HCl

Hidrogenio se enquadra na regra 1 -> nox +1
O cloro não se enquadra a nenhuma regra, porém, a soma de todos os NOX da molécula é iqual a ZERO (regra 8)
Então: nox H + nox Cl = 0 -> 1 + x = 0 , logo o NOX de Cl é -1.

HClO

Hidrogênio -> nox +1
Cl -> não há regra que se aplica
Oxigênio -> nox -2

nox H + nox Cl + nox O = 0 , logo 1 + x + (-2) = 0, logo o NOX do Cloro será +1

OBSERVAÇÃO: um átomo que não se encaixe as regras (como o Cloro), não precisa ter o mesmo NOX em todas as moléculas. Acima 
notamos que no HCl, ele tem NOX = -1 , e no HClO, tem nox +1

CaCO3

Neste caso, precisamos multiplicar o nox, das regras, pelo numero de átomos do elemento na molécula. 

NOX oxigênio = -2 . 3 (porque são 3 átomos de oxigênio!)
NOX Ca = alcalino terroso = +2
Para descobrir o NOX do Carbono:
(-2 . 3) + 2 + X = 0
-6 + 2 + X = 0

Logo o NOX do carbono será +4

OXIRREDUÇÃO

As transformações químicas podem ser divididas em dois grandes grupos:
- reações nas quais os elementos participantes não têm alterados seus 
números de oxidação; são reações sem oxirredução.

- reações nas quais um ou mais elementos têm alterados seus números de oxidação; são reações com oxirredução.

Exemplo: 



Na primeira reação, o número de oxidação do Zn é alterado de zero (Zn) para +2 (Zn(OH)
2), e o átomo de mercúrio passa de +2 (HgO) para zero (Hg). Na segunda reação, todos os elementos conservam seus números de oxidação.

Oxidantes e Redutores

Oxidação é o aumento do número de oxidação, e redução é a diminuição do número de oxidação. Vejamos uma reação bem simples, que ocorre em meio aquoso:



É uma reação de oxirredução, pois os elementos tiveram seus números de oxidação alterados. O Zn, ao passar para Zn
2+, perdeu dois elétrons, sofrendo oxidação:

Zn – 2e- → Zn2+


O Cu
2+, ao passar para Cu, ganhou dois elétrons, sofrendo redução:

Cu2+ + 2e- → Cu


Os fenômenos de oxidação e redução são concomitantes: se existe substâncias que ganham elétrons, deve haver substâncias que perdem elétrons; as primeiras provocam oxidação, e as outras, redução.

Dá-se o nome de 
oxidante ao elemento ou à substância que provoca oxidação, e de redutor, ao elemento ou substância que provoca redução.

Resumindo:

O oxidante ganha elétrons e se reduz, e o redutor perde elétrons e se oxida. A oxidação, portanto, corresponde à perda de elétrons, e a redução, ao ganho de elétrons.

Essas conclusões são válidas quando estão envolvidos apenas íons simples. É o caso do nosso exemplo. Na maior parte das vezes, a modificação do número de oxidação não se deve a uma transferência de elétrons, mas sim a uma modificação na estrutura das substâncias. Veja, por exemplo, o caso da reação:



Cada manganês, ao ter alterado seu número de oxidação +7 para +2, abandona a estrutura MnO
4-, passando a Mn2+. Cada carbono, ao passar de +3 para +4, deixa a estrutura C2O42-, passando à estrutura CO2.

Nesse caso, apesar de a variação do número de oxidação ocorrer como conseqüência de modificações estruturais, é prático considerar que houve “ganho” e “perda” de elétrons. O manganês, ao passar de +7 para +2, comportou-se como se tivesse “ganho” cinco elétrons, fato altamente improvável, já que a transferência de mais de três elétrons é muito difícil. O carbono, por sua vez, ao passar de +3 para +4, comportou-se como se tivesse “perdido” um elétron.

Ao adotar a transferência de elétrons, admitindo “ganho” ou “perda”, estamos fazendo uma simplificação útil e prática.

Ácidos

Encontram-se dividídos em dois subgrupos: - Hidrácidos (não apresentam átomos de oxigênio) - Oxiácidos (apresentam átomos de oxigênio)



Nomenclatura dos Hidrácidos:

Ácido + elemento químico + ídrico


Exemplos:

Ácido Clorídrico (HCl)

Ácido Bromídrico (HBr)



Nomenclatura dos Oxiácidos:

Ácido + prefixo (se necessário) + elemento químico + sufixo


NOXPrefixoSufixo
+1hipo--oso
+3 / +4--oso
+5 / +6--ico
+7per--ico


Exemplos:

Ácido Hipocloroso (HClO) ~ NOX do Cl = +1

Ácido Cloroso (HClO2) ~ NOX do Cl = +3

Ácido Clórico (HClO3) ~ NOX do Cl = +5

Ácido Perclórico (HClO4) ~ NOX do Cl = +7 -


Nomenclatura dos oxiácidos (Família diferente da 7A):

Nox igual a família +1 PER-RADICAL-ICO

Nox igual a família ICO

Nox igual a família -2 OSO

Nox menor do que o OSO HIPO-RADICAL-OSO


Bases

Não possui subgrupos

Há duas maneiras de se dar nome às bases:


1ª maneira:

Hidróxido de (Nome do elemento) (Algarismo romano indicando o Nox do cátion )

ou

2ª maneira:

Hidróxido (nome do elemento) [sufixo(oso, se for menor NOx; e ico, se for o maior NOx)]


Exemplos


Sais

Compostos inorgânicos com um Cation diferente de H+ e um Anion diferente de OH-.

Existem 3 subgrupos: Sais neutros, Sais ácidos e Sais básicos.

A nomenclatura depende dos reagentes envolvidos da reação de neutralização que forma o sal em questão


Sais normais:

(nome do ânion) + de + (nome do cátion)

Existe uma tabela para se alterar o sufixo do ácido:

Eto ---> Ídrico
Ito ---> Oso
Ato ---> Ico

E existem alguns macetes para memorizá-la:

Mosquito teimoso te mato, te pico e te meto no vidríco

Perigoso mosquito no Bico do pato

Ou

Bico de Pato, Formoso Periquito, com ácido clorídrico não me meto.


Exemplo

HCl + NaOH = H2O + NaCl
Ácido + Base = Água + Sal
(ácido clorídrico) + (hidróxido de sódio) = (água) + (cloreto de sódio)


Sais Ácidos:

São sais provenientes da neutralização parcial de um ácido.

Sal = (Nome do ânion) + (Mono/Bi/Tri/etc.)Hidrogenio + (Nome do Cátion)


ou

Sal ácido= (Mono/Bi/Tri/etc.)Hidrogeno + (Nome do ânion) + de + (Nome do cátion)

Sendo que o (Mono/Bi/Tri/etc.) depende de quantos átomos de H's que "sobraram".

Exemplo

H3PO4 + NaOH = H2O +NaH2PO4
(Ácido) + (Base) = água + (Sal ácido)
(Ácido fosfórico) + (Hidróxido de sódio) = água + (Fosfato de hidrogênio de sódio)

Sal Fosfato Dihidrogeno de Sódio ou Dihidrogeno Fosfato de Sódio ou Fosfato diácido de Sódio

Sais básicos ou hidrossais:

São sais provenientes da neutralização parcial de uma base.

Sal básico = (nome do ânion) + (Mono/Bi/Tri/etc.)básico + de + (nome do cátion)

Sendo que o (Mono/Bi/Tri/etc.) depende de quantos átomos de hidroxilas que "sobraram".


Exemplo

HNO3 + Ca(OH)2 = H2O + Ca(OH)NO3
(Ácido) + (Base) = água + (Sal básico)
(Ácido nítrico) + (Hidróxido de cálcio) = (água + nitrato monobásico de cálcio)


Óxidos

São divididos em 2 subgrupos: Óxidos de Metais, Óxidos de Ametais.


Nomenclatura dos Óxidos de Metais:

Quando o ligante do oxigênio é um metal.

Óxido de (Nome do Metal)


Nomenclatura dos Óxidos de Ametais:

Quando o ligante do oxigênio é um ametal.

(Mon(o)/Di/Tri/Tetra/etc...) + óxido de + (Mono/Di/Tri/Tetra/etc...)(Nome do Ametal)

Exemplos:

CO -> MONóxido de carbono
CO
2 -> DIóxido de carbono


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Matéria PAF Geografia

Capítulos 4, 5, 6 e 14

Naruto Shippuuden 86 - 87

Peço desculpas porque o  episódio é muito grande e assim não dá para colocá - lo como video no blog, mas vocês podem baixá - lo por AQUI.

Matéria PAF Biologia

Meiose

As etapas deste processo (prófase, metáfase, anáfase, telófase, interfase) ocorrem da mesma forma que na mitose; só que, neste caso, em dobro, pois aqui teremos duas células passando pelo mesmo processo simultaneamente.

Na meiose, quatro novas células serão criadas a partir de duas células. Cada uma destas novas células carregará metade do DNA de sua célula de origem.

A meiose se inicia quando o organismo está na fase de reprodução. As fases de divisão celular da meiose são de fácil compreensão para aqueles que entenderam o processo da mitose. 

Enquanto que na mitose apenas uma célula passa pelos estágios de divisão (prófase, metáfase, anáfase, telófase, interfase) para gerar duas células filhas, na meiose ocorrerá o mesmo, mas neste caso, duas células passarão ao mesmo tempo por este processo, para gerar quatro células filhas. 

Para identificar os passos de cada célula durante a meiose, existe uma definição científica conhecida como Meiose I e Meiose II. De forma mais simples podemos entender que isto nada mais é do que duas células passando simultaneamente pelas "mesmas" etapas que ocorrem na mitose.

Na meiose, a fase da interfase (quando as células não se encontram em divisão)  é bastante curta e nela não há duplicação do DNA.

Como já foi explanado anteriormente, a meiose inicia-se quando a célula está em fase de reprodução. A partir deste momento, haverá uma mistura de genes entre as duas células. É importante sabermos que este processo é bastante comum entre os organismos vivos como plantas, animais, e, até mesmo, alguns tipos de fungos.

Ao invés de criar duas novas células com números idênticos de cromossomos (como na mitose), na meiose as células fazem uma segunda divisão (meiose II) logo após a primeira (meiose I).

Nesta segunda divisão o número de cromossomos é divido ao meio. Com apenas a metade do número de cromossomos, as células são chamadas de haplóides. As células diplóides são exatamente o oposto das haplóides. As células em seu estágio normal são consideradas diplóides.

Etapas da meiose

Meiose I

Basicamente as fases da meiose são parecidas com a da mitose. Em ambas, os pares de cromossomos se alinham no centro da célula e seguem para lados opostos. A meiose difere pelo “crossing-over” que ocorre com o DNA.

Este “crossing over” é a troca de genes entre as células. Nesta troca, os genes são misturados e o resultado desta troca não é uma duplicação perfeita como ocorre na mitose. Aqui as células se dividem originando duas novas células com apenas um par de cromossomos cada uma. 

Como o período de interfase é muito curto na meiose, as células não têm tempo de duplicar seus cromossomos para realizar uma divisão mitótica, então, elas novamente partem para uma divisão meiótica, dando início a meiose II.

Meiose II 

Na prófase II o DNA restante nas células se condensa formando cromossomos curtos. Cada par de cromossomos possui um centrômero. Os centríolos iniciam sua jornada para lados opostos da célula.

Metáfase II : nesta etapa os cromossomos já estão alinhados no centro da célula e os centríolos estão preparados para duplicação.

Anáfase II : aqui os cromossomos aparecem divididos e seguem em direção a lados opostos da célula. Eles não dividem o DNA entre as novas células, ao invés disso, eles repartem o DNA já existente. Cada célula filha pegará somente o necessário para suas funções metabólicas.


Telófase II : nesta fase o DNA já foi completamente puxado para os lados. Ao final desta fase, haverá quatro células haplóides que são chamadas de gametas. O objetivo dos gametas é encontrar outros gametas para, então, fazerem sua combinação e se tornarem um novo organismo.

OBS: A meiose ocorre apenas nas células germinativas masculina e feminina.

Mitose

De forma prática, podemos entender que na mitose a célula se duplica para dar origem a duas novas células. Estas são conhecidas como células filhas (formadas a partir da divisão celular) e são idênticas uma da outra, uma vez que foram formadas a partir de uma única célula.

Agora que sabemos disso, veremos as cinco fases que a célula atravessa em seu ciclo de vida até completar sua divisão. São elas: prófase, metáfase, anáfase, telófase e interfase. 

Prófase

Nesta fase, as células começam a se preparar para a divisão. É neste momento que ocorrerá a duplicação do DNA e centríolos. Com o DNA condensado e os centríolos em movimento, inicia-se o processo da divisão mitótica.

Metáfase

Aqui começa o alinhamento entre os pares formados na fase anterior. Nesta etapa, o DNA alinha-se no eixo central enquanto os centríolos iniciam sua conexão com ele. Dois fios do cromossomo se ligam na parte central do centrômero.

Anáfase

A divisão começa com os cromossomos migrando para lados opostos da célula, metade vai para um lado e a outra metade vai para o outro. 

Telófase

Esta é a última fase da mitose. Nesta etapa a membrana celular se divide em duas partes, formando, assim, duas novas células. Cada uma delas ficará com metade do DNA original.

Interfase

Este é o estado “normal” da célula, ou seja, aqui ela não se encontra em divisão. Nesta fase, ela  mantém o equilíbrio de todas as suas funções através da absorção dos nutrientes necessários à sua manutenção. Ela permanecerá neste estágio até estar preparada para uma nova divisão, que ocorrerá a partir da duplicação dos ácidos nucléicos. A partir de então, o ciclo se reinicia.

A membrana plasmática

A membrana plasmática (também denominada membrana citoplasmática ou plasmalema) é um delgadíssimo envoltório que delimita a célula e lhe dá individualidade. Quimicamente, a membrana plasmática é composta de lipídios (notadamente fosfolipídios) e proteínas atraídos uns aos outros por interações hidrofóbicas não covalentes. Como resultado, a membrana é uma estrutura flexível, embora resistente, que permite à célula mudanças de forma e tamanho. A membrana consegue controlar a passagem das substâncias polares para dentro e para fora da célula. As proteínas de membrana, além de constituírem a estrutura da membrana, atuam como transportadores de solutos específicos, recebem sinais externos, dão identidade antigênica à célula e atuam como enzimas.

O citoplasma

Denomina-se citoplasma todo o conteúdo celular compreendido pela membrana plasmática. O citoplasma é composto de um colóide aquoso chamado citossol. No citoplasma das células eucariontes (que compõem o organismo dos animais, plantas fungos e protistas) estão mergulhadas estruturas membranosas, as organelas. As células procariontes (que são as células das bactérias) são de estrutura mais simples e não apresentam organelas. O citossol também é denominado hialoplasma, e as organelas também são conhecidas por orgânulos ou organóides. Encontram-se, dissolvidas no citossol, enzimas, moléculas de ARN-mensageiro, açúcares pequenos, íons, aminoácidos, nucleotídeos, e estruturas onde ocorre a síntese de proteínas, os ribossomos.

O núcleo (nos eucariontes) ou nucleóide (nos procariontes): a região onde se localiza o material genético.

Com poucas exceções (como as hemácias de mamífero) todas as células vivas possuem um núcleo ou um nucleóide, onde o genoma (conjunto total de genes de um organismo) é armazenado. As moléculas de ADN (ácido desoxirribonucléico) são muito longas e ficam compactadas ("empacotadas") dentro do núcleo ou nucleóide como complexos de ADN associado a proteínas específicas. O nucleóide das bactérias não é envolvido por uma membrana, estando, assim, em contato direto com o citoplasma. Já nos organismos de células mais complexas o material genético (ADN) é envolvido por uma dupla membrana lipoprotéica, a carioteca ou envelope nuclear. O núcleo dos eucariontes é uma organela, pois é composto de estrutura membranosa.


Células procariontes

As células dos organismos procariontes se caracterizam por não possuírem organelas. Os seres procariontes compreendem as bactérias, que se dividem em arqueobactérias e as eubactérias. As arqueobactérias habitam ambientes de condições extremas como águas muito salinas, águas quentes e ácidas, regiões profundas dos oceanos e pântanos. Há diferenças de estrutura genética e de composição lipídica entre as eubactérias e as arqueobactérias. As eubactérias são as mais estudadas e conhecidas, pois têm grande importância ecológica, industrial e médica. Nas eubactérias incluem-se as cianobactérias (estas últimas também conhecidas pela antiga denominação "algas cianofíceas" ou "algas azuis").

As células procariontes são geralmente bem pequenas, tendo 0,5 a 10 micrômetros de diâmetro. Apresentam, na região conhecida como nucleóide, uma molécula circular de ADN não combinada com proteínas básicas (histonas). Em grande parte das bactérias existem moléculas pequenas de ADN circular, são os plasmídios. Estes são independentes do ADN do nucleóide e conferem resistência a toxinas e antibióticos. Ocorre parede celular, que tem composição química diferente da parede celular das plantas. Nos procariontes, a parede celular contém peptidoglicanos (polímeros de glicídio unidos por ligações cruzadas de aminoácidos. Da sua superfície externa a bactéria pode projetar estruturas curtas, semelhantes a cabelos, denominadas pilos, que servem para a adesão a outras células. A síntese de proteínas tem lugar em pequenos ribossomos livres no hialoplasma. Os procariontes não possuem citoesqueleto, um complexo de proteínas fibrilares que dá forma e movimento nos eucariontes. Algumas bactérias têm flagelos de estrutura simples, de cerca de 20 nanômetros de diâmetro. Os flagelos servem para dar propulsão à célula no seu meio ambiente. A composição destes flagelos é a proteína flagelina, diferentemente dos eucariontes, onde os flagelos são feitos de microtúbulos, estes constituídos da proteína tubulina. Alguns procariontes são autotróficos e podem fixar o nitrogênio atmosférico em aminoácidos usados em síntese de proteínas. As cianobactérias têm um extenso sistema de membranas fotossintéticas mergulhadas em seu citossol, nestas membranas existem pigmentos como a clorofila.

Células Eucariontes

As organelas citoplasmáticas

A organização interna das células eucariontes é complexa. O citoplasma acha-se dividido em compartimentos, delimitados por membrana, as organelas.

Geralmente, os livros-texto de Biologia fornecem esquemas didáticos de células eucariontes. São bons exemplos os esquemas de célula animal e vegetal encontrados em Amabis (1994) págs. 58 e 59. O professor deve sempre ressaltar aos seus alunos que os esquemas didáticos de células procuram representar conjuntamente todas as organelas possíveis de existir em uma célula. Porém, de acordo com sua especialização, uma célula apresentará certas organelas, mas não apresentará outras. Como exemplo, temos que uma célula da raiz não terá cloroplastos, mas uma célula da folha possuirá cloroplastos. No caso dos animais, como exemplo, um hepatócito terá um núcleo muito ativo e não possuirá flagelo; já um espermatozóide usará um flagelo para se locomover e o seu núcleo será muito compactado.

Além das organelas dos eucariontes, existem outras estruturas que compõem as células:

Parede celular

É um envoltório rígido que envolve a célula de bactérias, fungos e plantas. Tem a função de proteger a célula de danos mecânicos e também evita que a célula arrebente quando mergulhada em um meio hipotônico. A parede celular é permeável a diversas substâncias; possui constituição química distinta em vegetais, fungos e bactérias.

Grãos de armazenamento e gotículas lipídicas

As células podem armazenar substâncias de reserva em seu citoplasma. Deste modo, encontramos grãos de amido (em vegetais), glicogênio (em animais e fungos), paramilo (em algas), gotículas de gordura (em muitas células, como as de animais, fungos, etc.).

Ribossomos

Os ribossomos são o local da síntese protéica nas células. Podem estar livres no hialoplasma ou aderidos à face externa das membranas do retículo endoplasmático.

Centríolos

Estruturas de forma cilíndrica compostas de microtúbulos protéicos. Os centríolos são ausentes em procariontes e em vegetais superiores. Durante a divisão celular, em seu redor, forma-se o fuso mitótico.

Retículo endoplasmático

Rede de túbulos e cisternas achatadas mergulhados no citoplasma. Dentre suas várias funções ressaltamos o metabolismo de lipídios (incluindo a síntese de esteróides e fosfolipídios) e a síntese de proteínas para exportação.

Aparelho de Golgi

Esta organela também é denominada complexo de Golgi ou, simplesmente, Golgi. Esta organela foi descoberta pelo citologista italiano Camillo Golgi que viveu no século XIX. Observa-se, no aparelho de Golgi, a síntese de enzimas e a gênese de lisossomas, estas organelas responsáveis pela digestão celular.

Lisossomas

Estas organelas são vesículas esféricas repletas de enzimas hidrolíticas que atuam em pH ácido. No animais e protistas, os lisossomas digerem partículas alimentares provindas do exterior da célula, mas também podem degradar organelas envelhecidas da própria célula num processo conhecido como autofagia. As plantas não possuem lisossomas e a função semelhante destes é feita pelos vacúolos.

Mitocôndrias

Têm sua estrutura formada de duas membranas que delimitam uma matriz coloidal onde encontram-se enzimas, íons, dentre outras substâncias. No interior das mitocôndrias ocorre a degradação oxidativa de ácidos graxos e de grupos acetil (provindos da degradação da glicose). Neste processo oxidativo (denominado respiração celular), participam o oxigênio molecular, as enzimas do ciclo de Krebs e a cadeia respiratória, e são sintetizadas 36 moléculas de ATP (trifosfato de adenosina).

Cloroplastos

Há, nas células vegetais, organelas relacionadas com a síntese de glicídios, os plastos. Os cloroplastos são os plastos mais abundantes nos vegetais. Têm cor verde pois apresentam grande quantidade do pigmento clorofila, responsável pela absorção de luz no processo de fotossíntese. Assim, como as mitocôndrias, os cloroplastos possuem duas membranas concêntricas que delimitam uma região coloidal, o estroma. Mergulhado no estroma, existe um sistema de membranas. Parte da fotossíntese acontece no conjunto de membranas internas e parte se dá no estroma do cloroplasto. Pelo processo de fotossíntese há a síntese de substâncias orgânicas como, por exemplo, a glicose.

Vacúolos

Os vacúolos são vesículas preenchidas com partículas ou líquidos. São delimitados por uma membrana simples. Nas células animais e em protistas, os vacúolos fundem-se com lisossomos e acontece a digestão do conteúdo do vacúolo. Nas células vegetais geralmente existe um grande vacúolo. O líquido deste vacúolo é chamado seiva vegetal e tem enzimas digestivas que atuam em pH ácido.

Peroxissomos

Certos processos químicos oxidativos, como a degradação de aminoácidos, produzem peróxido de hidrogênio (H2O2) que pode lesar os componentes celulares. Para proteger a célula há os peroxissomos, organelas que possuem a enzima catalase que catalisa a reação de degradação de moléculas de peróxido de hidrogênio em água e oxigênio molecular. Os peroxissomos estão presentes nas células eucariontes.

Núcleo

Nos eucariontes, o núcleo abriga o genoma, o conjunto total de genes que é responsável pela codificação das proteínas e enzimas que determinam a constituição e o funcionamento da célula e do organismo. O núcleo é envolvido por uma dupla membrana porosa, a carioteca ou envelope nuclear, que regula a passagem de moléculas entre o interior do núcleo e o citoplasma. Os genes são segmentos de ADN, o ácido desoxirribonucléico, molécula orgânica que armazena em sua estrutura molecular, as informações genéticas. O ADN se combina fortemente a proteínas denominadas histonas, formando um material filamentoso intranuclear , a cromatina.

O Citoesqueleto

Nas células eucariontes há uma rede tridimensional intracitoplasmática de proteínas fibrilares, o citoesqueleto. Existem três tipos de proteínas filamentosas no citoplasma: os filamentos de actina, os microtúbulos e os filamentos intermediários. Muitos filamentos de actina se ligam a proteínas específicas da membrana plasmática, deste modo conferem forma e rigidez às membrana plasmática e superfície celular. Além de dar forma às células, o citoesqueleto propicia movimento direcionado interno de organelas e possibilita o movimento da célula como um todo (por exemplo, em macrófagos, leucócitos e em protozoários). Nos músculos, a rede de proteínas fibrilares (notadamente as proteínas actina e miosina) causa a contração e a distensão das células musculares. Os microtúbulos formam os cílios e flagelos dos protistas e dos espermatozóides. Durante a divisão celular, os cromossomos são levados às células filhas pelo fuso, um complexo de microtúbulos.

Células de Animais

As células animais diferem em forma e tamanho conforme o tipo de tecido a que pertencem. As células dos animais não possuem parede celular, cloroplastos e o vacúolo central característicos das células de plantas.

De acordo com a sua função, uma célula apresentará organelas mais desenvolvidas do que outras. Assim, células que secretam grande quantidade de enzimas digestivas, como as do pâncreas, têm o aparelho de Golgi bem desenvolvido. Podemos citar outro exemplo de especialização celular, as hemácias, em que todo o citoplasma é tomado pelo pigmento hemoglobina. Por este fato as hemácias não tem núcleo e as outras organelas. Como as hemácias precisam ser carregadas dentro do líquido circulatório, o sangue, elas têm tamanho pequeno e são de forma redonda.

Células de Vegetais

As células vegetais têm várias formas que dependem de sua função e do tecido a que pertencem. São característicos da célula vegetal a parede celulósica, os plastos, o vacúolo central.

Certas células vegetais apresentam glioxissomos, que são peroxissomos que têm as enzimas do ciclo do glioxilato, uma via metabólica que converte lipídios em glicídios quando da germinação das sementes.

Alguns vacúolos acumulam grande quantidade de pigmentos arroxeados, as antocianinas. Deste modo certos órgãos da planta podem ter cor avermelhada ou arroxeada, como as uvas e as folhas de trapoeraba.

As células vegetais comunicam-se entre si por pontes citoplasmáticas, os plasmodesmos.